O que você faria se não "enxergasse" mais?
Essa é mais uma história de superação pelo esporte. Felipe Gomes, nascido no Rio de Janeiro, começou a ter problemas com a visão aos 6 anos. Primeiro foi um glaucoma congênito, seguidos de catarata e descolamento de retina. A cegueira foi a consequência. E, através do esporte Felipe foi vencendo sua condição. Passou por outros esportes, mas foi no atletismo que ele se encontrou. O carioca compete pela Classe T11 (destinada aos deficientes visuais) , e nela, tornou-se medalhista paralímpico junto com seu guia. Como Felipe é totalmente cego, necessita do guia para realizar treinos e provas. O caminho de preparação é árduo e exige dedicação e foco dos dois atletas. Na Paralimpíada Rio 2016 o velocista marcou a história da Paralimpíada Brasileira, competiu e "medalhou" todas as provas que disputou: 100m, 200m, 400m e no revezamento 4 x 100m. Conquista inédita no atletismo paralímpico brasileiro. Ele também trouxe medalha de Londres (2012) e de diversos outros jogos pan americanos. Mesmo com a pandemia, Felipe continua treinando em uma esteira no terraço da casa de sua sogra. A esposa sinalizou o ambiente com cordas para que Felipe possa fazer os treinos sozinho e com segurança. Sua meta do momento: o preparo para Tóquio.
Obrigada Felipe por nos ensinar que é possível "enxergar" o mundo através dos olhos dos outros. Gratidão por ser o exemplo vivo de que as nossas condições podem ser caminhos para nossa superação.
Boas, felizes, lindas e respeitosas corridas!
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