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Maria Zeferina Baldaia, corrida, mulher, canavial, correrdora, vencedora
Maria Zeferina Baldaia, é mineira, nascida em 1972. Sua família se muda para Sertãozinho - São Paulo, para trabalhar na lavoura de cana-de-açúcar. Trabalhou desde os 12 anos. Foi babá, empregada doméstica, gari e trabalhadora no canavial. Neste cenário de extrema pobreza, a corrida entrou em sua vida, numa prova de gincana, na escola perto de sua casa. Descalça, de calça jeans, Maria venceu a prova. Até os 18 anos, trabalhava na lavoura de cana durante o dia e treinava a noite, descalça, nas estradas de chão batido, entre os canaviais. Torna-se mãe solo aos 18 anos e pensa em desistir de correr. Um de seus sonhos era vencer a São Silvestre, inspirada em sua ídola, a corredora Rosa Mota. Em 2000 venceu a Maratona Ecológica de Curitiba e só então, passou a receber patrocínio. Em 2001 teve duas lindas conquistas. Maria Zeferina venceu a Volta Internacional da Pampulha, mesmo tendo perdido o irmão dias antes da prova. E venceu a São Silvestre, sendo a 3°brasileira a romper a hegemonia internacional. Com o dinheiro que ela ganhou nas provas ela conseguiu pagar o caixão do irmão falecido, e comprar seu apartamento. Em 2008, venceu a Meia Maratona do Rio de Janeiro e a Maratona Internacional de São Paulo. Hoje ela mora numa casa, na mesma rua que trabalha: o Centro de Treinamento Maria Zeferina Baldaia. Terminou os estudos, se formou em Educação Física e dá treinamento para diversas faixas etárias no centro que leva seu nome. Seu sonho é formar jovens para que possam representar o país em mundiais e até olimpíadas. Como ela mesma diz: "É difícil. Mas, você deve ter persistência. Não desista! Siga em frente até você conseguir!" Gratidão, Maria Zeferina, por nos ensinar, que como toda Maria, você tem uma força que nos alenta e nos inspira.
Obrigada, @mariazeferina_baldaia , por nos mostrar que é preciso ter fé na vida e que nas adversidades nascem campeões, nas pistas e na vida. Boas, felizes, lindas e respeitosas corridas!