Tudo começa na cidade Dois Riachos, interior do estado de Alagoas. A pequena Marta vive numa família humilde, como muitas das que vivem lá. O pai abandona a família e a mãe luta para criar os filhos sozinha. Marta fugia da escola para jogar futebol e quando foi descoberta pela mãe, ouviu dela "Você é mulher, Marta!".
Não era só a mãe que era contra, a sociedade não aceitava que meninas jogassem futebol. Diziam que jogar futebol causava infertilidade, que não era "coisa de menina", e que não havia espaço para as mulheres que jogassem futebol. Com apoio de uma das irmãs Marta venceu a estatística da mortalidade infantil da época, o preconceito da família que não acreditava ser possível uma mulher do interior do nordeste, jogar futebol.
A menina que saiu do interior do estado de Alagoas não se tornou apenas uma jogadora de futebol. Num país que ainda exclui as mulheres no esporte, que dizia que mulheres não podiam jogar, Marta usou seu talento para driblar todas essas condições, as mais adversas possíveis. Eleita pela FIFA como a melhor jogadora de futebol por seis vezes (2006, 2007, 2008, 2008, 2010 e 2018).
Representante da ONU na luta contra o sexismo no esporte mundial. Ela é hoje, um símbolo do esporte brasileiro. Neste ano a Confederação Brasileira de Futebol está produzindo uma escultura em tamanho real que será colocada no museu da CBF para homenagear os feitos dela. Inspiração para muitas meninas que sonham jogar futebol, Marta representa a força, a garra, a coragem de alguém que quebrou todos os paradigmas para ser, num país do "futebol masculino", a maior jogadora de futebol feminino de todos os tempos.
Gratidão Marta, por mostrar para o mundo que lugar de mulher é onde ela quiser!
Boas, felizes, lindas e respeitosas Corridas!
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