Tags /
corrida, loja Korrer, Libertadores da Korrer, Liberdade, Betty Robinson
Betty Robinson era uma adolescente de 16 anos em 1928. Seu talento para o esporte foi descoberto por um de seus professores, quando ela correu para alcançar um trem, mesmo estando muito atrasada para isso. Ela participava das aulas de teatro e das corridas na escola e tocava violão. Nunca imaginou que pudesse correr de forma competitiva. Seu professor a incentivou a treinar com a equipe masculina, pois não havia equipe feminina em sua escola. Seu desempenho foi tão bom que ela foi selecionada para as Olimpíadas de Amsterdã. Ela competiu na prova de 100m e fez história: foi a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro nos 100m. Muitas homenagens, desfiles comemorativos foram feitos nos EUA, quando Betty retornou. Ela continuava treinando com objetivo nas próximas olímpiadas. Numa tarde ela resolve passear de avião. Mas, houve um acidente e o avião caiu. Betty foi uma das poucas sobreviventes: passou 11 semanas no hospital para se recuperar de fraturas e ferimentos e ficou com uma diferença no tamanho das pernas. Quando lhe perguntavam sobre seu retorno, ela dizia: "É claro que eu vou correr de novo!". Com o ocorrido, ela optou por competir na prova do revezamento 4X100m, o que tornava a participação dela viável, pois largar abaixada não era uma realidade para ela naquele momento, por conta das sequelas do acidente. Berlim, 1936 e lá estavam Betty e suas companheiras representando o seu país. Betty e suas amigas levaram o ouro no 4X100m de Berlim. Betty levou um prêmio ainda maior: a sua vida. Depois de Berlim, Betty saiu das pistas para se dedicar ao trabalho e também a palestras pelo seu país, incentivando as mulheres a correrem e buscarem seu lugar no mundo. Em 1996, com 84 anos, carrega a tocha olímpica. Gratidão, Betty, por ter nos ensinado que rotas podem ser reconstruídas, sempre. Obrigada por nos mostrar que sobreviver é ter fé, coragem, paciência e persistência.
Boas, felizes, lindas e respeitosas corridas!